Quando fui estudar Visagismo, o primeiro curso que fiz na área, o objetivo era trazer mais uma ferramenta para o meu trabalho com a maquiagem. Chegando lá me deparei com um espaço muito mais profundo do que eu pensava – e fiquei completamente apaixonada.
A abordagem comportamental na Consultoria de Imagem (que incluí o Visagismo) fala sobre se conhecer, se entender, para aí, ajustar a imagem estrategicamente. Para fazer esse percurso, utilizamos os quatro temperamentos criados por Hipócrates e trazidos na antroposofia por Rudolf Steiner. Os 4 temperamentos nos ajudam a entender o comportamento humano e são: Sanguíneo, Colérico, Melancólico e Fleumático. Em outro conteúdo podemos ter essa longa conversa, sobre cada um deles.
Ao longo do curso a professora (e mestra amada, Tatty Carmargo) foi explicando e nos provocando sobre a história dos tais temperamentos. Foi completamente libertador entender que eu sou mesmo uma pessoa perfeccionista, detalhista, que demora para tirar as coisas do papel porque gosta e precisa do cultivo e do tempo, que muitas vezes prefiro passar despercebida e que ao mesmo tempo na minha estética eu trago o outro lado da moeda, da ação, da força e autoconfiança que eu já buscava. Esse momento foi um divisor de águas, porque entendendo os meus temperamentos, suas forças e suas fraquezas, eu compreendi verdadeiramente quem sou, meus limites (psicológicos e estéticos) e comecei a me divertir e me aventurar nas roupas e acessórios.
Só a partir disso eu consegui mudar a minha aparência – e não que fosse ruim antes, mas além de não imprimir exatamente o que eu gostaria, não me trazia a autoconfiança que eu precisava. Entendendo quem eu sou, como penso, me relaciono e o que eu quero, fui, aos poucos, incluindo e reforçando elementos visuais que me deixaram ainda mais confiante.
Hoje, não é sobre a roupa. É sobre eu saber usar a roupa para ser quem sou e me ajudar quando preciso.
